Os que já experimentaram a intensidade do inverno na América do Norte, com seus ventos cortantes, nevadas colossais e temperaturas de gelar os ossos, por certo achariam estranho, ver o pároco todo pos

Nosso Senhor. Quando o Pe. Desilets recebeu, em 1864, uma igreja pequenina nessa província francófona, encontrou uma paróquia em crise.
Por ter ficado muito tempo sem pároco, recebendo apenas a visita de padres viajantes que ministravam os sacramentos em numerosas igrejas daquele vasto território, muitos fiéis tornaram-se indiferentes à sua fé Católica. A capelinha, apesar de tão pequena, era ampla demais para o reduzido número de fiéis que ainda freqüentavam as Missas. Nessa lamentável situação, o novo pároco se dirigiu à Santíssima Virgem, sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário. Zelosamente encorajava os seus paroquianos a rezarem o terço com piedade. Pregava a beleza e eficácia desta oração tão amada por Maria e consagrou a Ela a comunidade.
Os resultados aos poucos se fizeram sentir! A graça foi operando prodígios nas almas, e o sacerdote, passados 15 anos desde que chegara àquele local, viu-se diante de um sério e agradável problema: ter de construir uma igreja bem maior. Em combinação com seus paroquianos, decidiu dar início ao projeto no inverno, quando o largo rio São Lourenço, que passava perto da igreja, se congela e sua superfície se transforma numa firme estrada de gelo, por onde podem passar os cavalos e trenós, carregando as pedras e outros materiais necessários para a construção; processo muito mais econômico do que o transporte em barcos.
Chegado o mês de novembro, o Pe. Desilets e seus paroquianos começaram a rezar pela rápida formação do gelo. Porém, um inverno inesperadamente ameno nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro foi adiando a realização do plano. O bom pároco, redobrando seu fervor, prometeu a Nossa Senhora que, se Ela obtivesse uma ponte de gelo,ele não só construiria uma nova igreja, mas preservaria a anterior e a dedicaria à sua honra, sob o título de Nossa Senhora do Rosário.
Chegou o mês de março e começaram as chuvas. Os paroquianos, com bom senso e pouca fé, sugeriram ao pároco que esperasse até o inverno seguinte. Mas o sacerdote continuou rezando, cheio de confiança em Maria, argumentando que, se não construísse a igreja naquele ano, muitas Missas não seriam celebradas e, conseqüentemente, muitos pecados a mais talvez fossem cometidos.
A primavera já se aproximava, mas, curiosamente, ou quiçá miraculosamente, a temperatura de repente começou a cair. A festa de São José, padroeiro e protetor do Canadá, se aproximava. O padre coadjutor anunciou que haveria uma Missa solene no dia 19 de março em honra do casto esposo da Santíssima Virgem, na qual se pediria, por sua intercessão, a formação da ponte de gelo. Após a Missa, juntamente com alguns paroquianos, o sacerdote foi examinar como estava o rio. Qual não foi a surpresa de todos, quando viram que o forte vento do dia anterior havia trazido grandes blocos de gelo, que se encaixaram perfeitamente de modo a formar uma ponte.
Cheios de alegria,

O trabalho começou na própria festa de São José e continuou por alguns dias. Em uma só jornada, passaram 175 trenós cheios de pedras pela .Ponte do Rosário. (popularmente assim chamada a ponte de gelo). Todos se dedicavam ao labor sem interrupção. .Era extraordinário, um verdadeiro milagre! Algo verdadeiramente impossível!. . relatou um dos presentes, anos depois.O pároco convocou todas as mulheres e crianças para recitarem o terço, enquanto o projeto se transformava em realidade, e ele mesmo era visto muitas vezes, de terço na mão, rezando diante de uma imagem de Nossa Senhora, dentro da igreja. Os homens costumavam rezar inúmeras .Ave-Marias. enquanto trabalhavam. Por fim, no preciso momento em que se completou a quantidade de pedras necessárias para a constru

Fonte: Revista Arautos do Evangelho, nº 13.
Um comentário:
Tem poder um rosário rezado com fé. Mais um milagre intercedido por Nossa Senhora que acabei de conhecer. Fiquem na Paz de Cristo. Lindomar/DF
Postar um comentário